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26 julho 2010

Primeiras Palavras

            Acho interessante, em primeiro lugar, tentar descrever a razão de eu ter criado este blog. Bem, há um tempo até pensei em criar um, mas o objetivo nunca ficou claro. Naquela ocasião, perguntei a mim mesmo: Pra quê um blog? Simplesmente para “ter”? Para “aparecer”? Para expor minhas opiniões ou pensamentos? Ajuntar coisas de outros sites? Talvez então para falar sobre Cristianismo, mas daí falar especificamente sobre qual assunto? Achei melhor desistir. Posteriormente percebi ter grande interesse e fascínio por um assunto Cristão específico: A Apologética Cristã. Vou contar um pouco como foi.
Lembro-me da experiência de entrar na Universidade. Naquele ano, duas coisas foram marcantes: Primeiro, minha forma de pensar e de ver o mundo precisou ser revisada, e hábitos de leitura e de pesquisa precisaram melhorar um pouco. Afinal, no meio acadêmico, a exigência e os conceitos relacionados a estudo se mostraram bem diferentes daqueles do Ensino Médio. Segundo, a minha fé em Cristo foi muito perturbada – não tanto por causa do conflito, diga-se de passagem, muito intenso, entre meus valores cristãos e os ditos valores do mundo, ou por causa das tentações, mas basicamente pelo choque de muitas objeções científicas ao Cristianismo. Como tinha descoberto gostar de pesquisar e ler sobre minhas curiosidades acabei me deparando com muitos argumentos científicos que atacavam o Cristianismo.
 Acho que cada Cristão tem um “ponto fraco principal”, uma área da vida em que as provações parecem mais intensas e perturbadoras do que em outras áreas. Tem a ver com personalidade. Creio que a fé de alguns pode ser mais facilmente atingida e perturbada por problemas materiais do que por idéias abstratas. No meu caso, pelo menos até agora, meu fraco principal são as idéias, como as que vieram em forma de objeções à minha fé: Argumentos contra a existência de Deus, contra a historicidade de Jesus e contra a veracidade das Escrituras. Para exemplificar, algumas das principais objeções foram que “a ciência não aponta para a existência de Deus”, que “a teoria do Big-Bang e a teoria da Evolução excluem a necessidade de um Criador”, que “ter fé é o mesmo que negar o raciocínio ou cometer suicídio intelectual”, que “Jesus é um mito e nunca existiu historicamente” e que “a Bíblia é repleta de contradições e de erros principalmente pela grande possibilidade de que seu texto tenha sido drasticamente alterado ao longo dos séculos”.
Felizmente hoje tenho convicção de que essas objeções que citei simplesmente não são verdadeiras. Basta uma análise bem acurada e bastante honesta de tais argumentos para ver que a verdade não é bem como eles dizem. Quem dá crédito a essa posição é a própria ciência, com base em conclusões derivadas de evidências observáveis, de evidências estatísticas, e da lógica. Existem muitas outras objeções, talvez algumas irrespondíveis para nós humanos, e um bom número delas realmente complicadas, mas a maioria está mais para um mal-entendido que adquiriu aceitação popular. Certamente existem Cristãos intelectualmente desconfortáveis com a fé Cristã, que querem olhar para o universo e para a vida e contemplar a maravilhosa Criação, mas percebem que no meio de tudo surge a ciência com suas teorias para atrapalhar. Certamente existem também Cristãos que se sentem limitados e até intimidados ao falar do Evangelho por causa da enxurrada de questionamentos intelectuais de alguns incrédulos, que na maioria das vezes são desculpas para não ouvir falar de Jesus. É aqui que entra a apologética.
Portanto, meu objetivo inicial com este blog é tratar sobre o assunto da Apologética Cristã. Esse conceito pode ser traduzido como “defesa da fé Cristã”, e pretendo explicá-lo melhor no próximo artigo. Enfim pretendo, em breve, chegar a abordar sobre as objeções que citei anteriormente, mas vamos com calma. Não tenho pressa alguma e não dou garantia de que este blog “dará certo”. Também, não estou livre de cometer equívocos. Contudo quero evitar, o máximo possível, debates desnecessários e egocêntricos e procurar promover a ética, a honestidade e a humildade. Acima de tudo, quero glorificar a Deus.

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